sexta-feira, 18 de março de 2011

Luís Vaz de Camões, um génio da escrita

Luís de Camões é considerado o maior poeta Português. Apesar de não se ter certezas quanto a algumas datas na sua vida.

Família:

Luís de Camões nasceu em 1524 ou 1525, provavelmente em Lisboa, filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá.

Tudo parece indicar que Camões pertencia à pequena nobreza.

Estudos:

Os vastos conhecimentos e cultura do poeta são normalmente justificados por este ter frequentado o ensino superior. Camões provavelmente estudou em Coimbra e frequentou o mosteiro de Santa Cruz.

Pessoas importantes na sua vida:

Antes de 1550 estava a viver em Lisboa, onde permaneceu até 1553. Essa estadia foi interrompida por uma expedição a Ceuta onde foi ferido e perdeu um olho.

Em Lisboa, participou em diversas actividades literárias onde se relacionou com damas de elevada situação social (entre as quais D. Francisca de Aragão) e com fidalgos de alta nobreza, com alguns dos quais manteve relações de amizade.

Vida atarefada:

A sua partida para a Índia está na sequência de uma desordem ocorrida no Rossio, em dia do Corpo de Deus, na qual feriu um tal Gonçalo Borges. Luís foi preso por largos meses na cadeia do Tronco e só saiu – apesar de perdoado por Gonçalo – com a promessa de embarcar para a Índia. Além da provável condição de libertação, é bem possível que Camões tenha visto nesta aventura – a mais comum entre os portugueses de então – uma forma de ganhar a vida ou mesmo de enriquecer. Camões foi soldado durante três anos e participou em expedições militares.

Não há certezas, mas o que se sabe é que a nau em que regressava naufragou e o poeta perdeu o que tinha amealhado, salvando a nado “Os Lusíadas” na foz do rio Mecon.

Foi preso à chegada a Goa pelo governador Francisco Barreto.

Vem até Moçambique às custas do capitão Pero Barreto Rolim, mas em breve entra em conflito com ele e fica preso por dívidas. Foram ainda os amigos que vinham da Índia que, ao encontrá-lo na miséria, se dividiram para lhe pagarem o regresso a Lisboa. Nessa altura, além dos últimos retoques n’ “Os Lusíadas”, trabalhava numa obra lírica, “Parnaso”, que lhe roubaram – o que, em parte, explica que não tenha publicado este texto em vida.

Chega a Lisboa em 1569 e publica “Os Lusíadas” em 1572, conseguindo uma crítica excepcionalmente favorável. Apesar do enorme êxito do poema e de lhe ter sido atribuída uma posse anual de 15000 réis, parece ter continuado a viver pobre.

Morte:

Morreu em 10 de Junho de 1580. Algum tempo mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou gravar uma lápide para a sua campa com a indicação:

“Aqui jaz Luís de Camões, Príncipe dos Poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu”



Dois poemas de Camões...




Neste soneto, fala-se sobre as contradições do amor…

Amor é um fogo que arde sem se ver;

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente;

é dor que destina sem doer.



É um não querer mais que bem querer;

é um não arder solitário entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é um cuidar que ganha sem se perder.



É não querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata, lealdade.



Mas como causar pode seu pavor

nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor?



Neste outro soneto, o sujeito lírico reflecte sobre uma vida plena de erros, apesar de todo o amor…



Erros meus, má fortuna, amor ardente

Em minha perdição se conjugaram;

Os erros e a fortuna sobejaram,

Que pera mim bastava amor somente.



Tudo passei; mas tenho tão presente

A grande dor das cousas que passaram,

Que as magoadas iras me ensinaram

A não querer já nunca ser contente.



Errei todo o discurso de meus anos;

Dei causa (a) que a fortuna castigasse

As minhas mal fundadas esperanças.



De amor não vi senão breves enganos.

Oh! Quem tanto pudesse, que fartasse

Este meu duro Génio de vinganças!





Trabalho realizado por:

• Joana Casaleiro nº11 8ºC

• Ovidiu plesca nº17 8ºC

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